01 – Cidade Luxor
01- Templo de Luxor
Situado na cidade que leva seu nome e descoberto em 1884, o Templo de Luxor é um dos mais espetaculares do Egito e o monumento mais importante de Luxor.
O Templo de Luxor foi construído entre os anos 1400 e 1000 a.C. pelos faraós Amenhotep III e Ramsés II. O primeiro ordenou a construção da parte interior e o segundo do recinto exterior, adicionando a fachada, os colossos e os obeliscos. O templo mede 260 metros de largura e está dedicado a Amon (deus do vento).
Para aproveitá-lo em todo seu esplendor, é recomendável fazer a visita pela noite, quando está iluminado e faz menos calor.
Antigamente, o Templo de Luxor e o Templo de Karnak, situados a três quilômetros de distância, estavam conectados pela impressionante Avenida das Esfinges, um corredor que tinha mais de 600 esfinges ao longo de sua extensão. Atualmente, pode-se ver apenas o início dessa avenida nas portas de cada templo, mas ainda assim oferece uma impressionante recordação dos seus tempos de máximo esplendor.
Como curiosidade, o obelisco que está na Praça da Concórdia, de Paris, foi dado como presente por Mohamed Ali, em 1836, e procede do Templo de Luxor.
02- Templo de Karnak
O Templo de Karnak é o maior templo do Egito. Ainda hoje, restos seguem sendo encontrados e o templo vai sendo reconstruído. O local onde se encontra mede 2.400 metros de perímetro e está rodeado por uma muralha de adobe de 8 metros de espessura.
Construído por múltiplos faraós entre os anos 2200 e 360 a.C., o Templo de Karnak contém em seu interior o grande templo de Amon, outros templos menores, capelas e o grande lago sagrado. Os faraós mais importantes que intervieram em sua construção foram Hatsepsut, Seti I, Ramsés II e Ramsés III.
Provavelmente, o mais espetacular do templo é o Grande Salão Hipostilo. Com mais de 5.000 metros quadrados, contém 134 colunas, sendo que as 12 centrais são mais largas e elevavam o teto, já inexistente, a 23 metros de altura.
Na entrada do templo, antes de cruzar o primeiro pilone, veremos 40 esfinges com cabeça de carneiro. É o começo da Avenida das Esfinges, que chegava até o Templo de Luxor e até o Nilo.
Espetáculo de luz e som
No Templo de Karnak, acontece um dos espetáculos de luz e som mais famosos do Egito. O espetáculo consiste em percorrer o templo à medida que se narra uma história e o templo vai sendo iluminado em certas partes. É recomendável dominar o inglês para aproveitar a visita ao máximo.
03- Templo de Hatshepsut
O Templo de Hatshepsut, também chamado de Templo de Deir el-Bahari, é um templo escavado na rocha no vale de Deir el-Bahari, situado próximo a Luxor e capaz de impressionar os seus visitantes.
O templo de Hatshepsut
Também conhecido como Templo de Deir el-Bahari, o Templo de Hatshepsut foi projetado pelo arquiteto Sennenmut, e é dedicado a Hatshepsut, a única mulher que reinou no Egito durante um longo período. Foi construído entre os anos sétimo e vigésimo primeiro de seu reinado. Tem uma parte escavada na rocha e outra no exterior, formada por três terraços.
O templo conserva apenas vestígios de Hatshepsut, já que tudo que fazia referência a ela foi destruído após sua morte por seu irmão, Tutmosis III.
Os primeiros cristãos converteram o templo em um mosteiro, o que provocou danos significativos nas instalações. No entanto, o templo conseguiu manter o seu esplendor até os dias atuais.
Um templo especial
A visita ao templo de Hatshepsut é bastante rápida, já que ele não é muito grande. Apesar de ter sofrido ao longo de sua história danos significativos, vale a pena visitá-lo porque é totalmente diferente do restante.
02 – Cidade Aswan
01- Templo de Edfu
Dedicado ao deus Horus, o Templo de Edfu é um dos maiores do Egito (o maior depois do Templo de Karnak) e um dos mais bem conservados do país.
As paredes do templo possuem numerosas figuras, inscrições e hieróglifos que proporcionam informações sobre a época na qual foi construído, aportando detalhes não apenas sobre o templo, mas também sobre a mitologia, a região e a forma de vida no Egito Antigo.
Um sobrevivente
Após a proibição do culto de imagens no cristianismo, no ano 391, o Templo de Edfu foi atacado pelos cristianos, que destruíram grande parte de seus relevos para acabar com qualquer registro de suas imagens religiosas.
O templo permaneceu enterrado debaixo de mais de 12 metros de areia do deserto durante anos. Além disso, sobre ele foram construídas casas que o protegeram até 1860, ano em que começaram os trabalhos arqueológicos para desenterrá-lo. Por esses motivos, conservou-se praticamente à perfeição.
02- Templo de Kom Ombo
Templo de Kom Ombo está situado às margens do Nilo, na cidade com o mesmo nome.
Se nossa rota começa em Aswan , será a primeira parada que faremos no cruzeiro.
Foi construído entre 1350 e 180 a.C. por ordem de Ramsés II. A divindade do templo é Sobek, um deus com cabeça de crocodilo e corpo humano. Posteriormente, já que os moradores não gostavam de ter uma divindade que representasse o mal, foi adicionado outro deus ao culto, Haroeris (Horus o Velho).
No Templo de Kom Ombo, pode-se visitar a capela de Hator, na qual veremos múmias de crocodilos muito bem conservadas.
O Templo de Kom Ombo transporta seus visitantes a um mundo dos sonhos e é uma visita inesquecível, já que se costuma chegar por lá ao entardecer e isso permite desfruta da bela iluminação noturna.
03- Templo de Philae
Dedicado a Ísis, deusa do amor, o Templo de Philae é um dos mais belos e melhor conservados do país. Localiza-se em uma pequena ilha na qual só se pode chegar de barco, detalhe que dá ainda mais encanto a esse lugar, se é que isso é possível.
Segundo a lenda
O Templo de Philae tem uma grande importância para os egípcios já que, segundo a lenda, quando o rei Osíris foi assassinado por seu irmão, o qual espalhou partes do seu corpo por todo o país, sua esposa Isis as pegou e se refugiou na Ilha de Philae para reconstruí-lo.
Um passeio pelo templo
Na ilha podem-se ver várias construções, entre as quais se destaca o imponente Templo dedicado a Ísis. Também podemos encontrar outros edifícios de grande valor, como o Templo de Hathor, o Quiosque de Trajano, ou os pilones (elemento característico da arquitetura do Antigo Egito) que se encontram na entrada do templo.
Ainda que não notemos, a localização atual do Templo de Philae não é a mesma de antigamente, já que depois da construção da represa de Assuã, o edifício ficou submergido pela água. Afortunadamente, foi transferido cuidadosamente até o local onde hoje se encontra, muito perto do anterior.
Imprescindível
O Templo de Philae é uma visita praticamente obrigatória a todos aqueles que realizam um cruzeiro pelas águas do Nilo. Além de encontrar-se perfeitamente conservado, é um autêntico prazer chegar até o templo de barco, desfrutando as vistas enquanto nos aproximamos dele.
04- Abu Simbel
Abu Simbel é um complexo de dois templos escavados na rocha, um dedicado a Ramsés II e o outro a Nefertari, sua primeira esposa.
Olhando para o passado
A construção dos templos levou cerca de 20 anos para ser concluída, durante o reinado de Ramsés II (1279-1213 a.C).
Enterrados na areia durante séculos, os templos foram descobertos parcialmente em 1813 pelo explorador suíço Burkhard. Mais tarde, em 1817, o italiano Giovanni Battista Belzoni descobriu o restante.
Para evitar que desaparecessem sob a água por causa da construção da represa de Assuã, os templos de Abu Simbel foram trasladados entre 1964 e 1968. Ao custo de 36 milhões de dólares, os templos foram deslocados para uma zona 65 metros mais alta. Para retribuir a ajuda recebida, o Egito doou importantes tesouros e templos a outros países, como o Templo de Debod, que está em Madrid, ou o Templo de Dendur, que está en Nova York.
Conhecendo Abu Simbel
O Templo de Abu Simbel é uma das construções mais espetaculares do Egito, compete até com a beleza das grandiosas Pirâmides de Gizé.
O complexo é composto por varios edificios, entre os quais se destaca especialmente o Templo de Ramsés II, um autêntico símbolo do Egito graças à sua impressionante fachada composta por quatro estátuas de 20 metros de altura que foram talhadas diretamente na rocha.
Se a fachada resulta imponente e impactante, o interior não fica nada atrás. Enormes salas decoradas com afrescos perfeitamente conservados envolvidas por estátuas colossais que dão lugar a diferentes salas de menor tamanho em uma viagem tão artística quanto mística.
Duas vezes por ano, no de 21 de fevereiro e de outubro, em um ato de perfeição astronômica, a magia acontece e o sol atravessa o templo ao amanhecer para iluminar as estátuas dos deuses.
Bem ao lado está o Templo de Nefertari, a esposa preferida do faraó. De tamanho inferior, mas similar beleza, a fachada desse templo conta com seis figuras talhadas na rocha e seu interior não deve nada ao templo principal.
Como chegar a Abu Simbel
Para chegar a Abu Simbel há várias opções: é possível ir de ônibus, avião ou cruzeiro. Também é possível contratar cada modalidade em lugares diferentes. Se você fizer o cruzeiro pelo Lago Nasser, não é necessário ler o restante das informações, já que o barco para em frente aos templos.
Os horários dos ônibus são bastante rígidos, já que todos os ônibus saem em comboio escoltados pela polícia. O horário habitual de saída é às 4 da manhã, chegando-se aos templos antes das 7 e voltando a Assuã às 9. A viagem não é tão exaustiva como poderia parecer e você ainda poderá ver o amanhecer no deserto.
O avião é a opção mais rápida, já que demora apenas meia hora no percurso entre Assuã e Abu Simbel. No entanto, se somamos o tempo de ir ao aeroporto, o controle de segurança, a espera e o trajeto, não se economiza tanto tempo como poderia parecer.